A integração dos rios Guandu e Paraíba do Sul como eixo de desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro é um dos destaques do quinto episódio do Podcast “Quanto Vale a Água?”, realizado pelo Comitê Guandu-RJ. Reunindo especialistas do Colegiado e convidados a série de debates estreou no mês passado e teve seu último capítulo divulgado nessa quarta-feira (19), com o tema “Rio Guandu: Importância, história e o problema das perdas no abastecimento”.
O episódio funcionou também como um balanço dos outros quatro capítulos que já foram ao ar e que podem ser conferidos nas principais plataformas de áudio e ainda no canal no YouTube do Comitê. O Podcast “Quanto Vale a Água?” é uma das realizações do Plano de Comunicação do Colegiado, com produção da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) e execução da Agência Bumerangue.
Ao abordar no Podcast o cenário do Rio Guandu a partir do deságue do Paraíba do Sul, o mestre em Geociência e professor da UFRRJ, Décio Tubbs — que durante anos esteve à frente do Comitê —, destacou a importância de toda a bacia hidrográfica não só para o abastecimento de mais de 9 milhões de pessoas.
— A água do Rio Guandu não serve só para dessedentação da cidade do Rio de Janeiro, da Região Metropolitana, mas, a partir disso, você fixou na Bacia um investimento, um grupo de indústrias, um potencial com PIB industrial elevadíssimo. Essa importância do sócio tecnológico, industrial, econômico, é imensa. Incomensurável — disse Décio Tubbs, que ao lado dos outros participantes destacou, ainda a geração de energia elétrica e toda inovação no abastecimento de água a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, que é uma das principais obras de engenharia do século XX no Brasil.
O bate-papo foi mediado pelo gerente institucional da AGEVAP e responsável pela Comunicação do Comitê, Antônio Mendes e conta também com a participação do pesquisador Paulo Canedo, que é também professor da área de Engenharia Ambiental da UFRJ. “Acho superimportante toda a população se sentir pertencente à Bacia do Guandu de uma forma direta ou indireta. É a sensação de pertencimento que faz com que as pessoas cuidem, tenham interesse em zelar pelo bem que é proprietária — avaliou Canedo, provocando os demais participantes a refletirem de que forma comitês, como o Guandu, podem contribuir para que haja cada vez mais o envolvimento da comunidade de toda a Região Hidrográfica II (RH II) na preservação dos recursos hídricos.
Também participando do debate, a diretora-geral do Colegiado e engenheira ambiental especialista da CEDAE, Mayná Coutinho; e o presidente da AGEVAP, André Marques, especialista em Engenharia Sanitária, Ambiental e Tratamento de Resíduos, citaram algumas ações do Colegiado, que já estão cumprindo esse papel de aproximação, entre eles o próprio Podcast e projetos de educação ambiental, como o “Amigos do Guandu”, que integra alunos de escolas da região na preservação do ecossistema, além de campanhas constantes de orientação.
Para conhecer outras ações do Colegiado, basta conferir os outros quatro episódios, que tratam sobre o “Sanear Guandu, a busca pela Universalização do Esgotamento”; “O Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos no Estado do Rio de Janeiro – História e avanços”; “Água Virtual e Pegada Hídrica”; e “Infraestrutura verde, um caminho para a sustentabilidade hídrica”.
Não deixe de acessar as plataformas: Spotify, Deezer, Google Podcast, além do canal no YouTube e demais redes sociais do Comitê Guandu-RJ.