Uma interação que movimenta várias ações em prol da preservação, responsabilidade social e iniciativas que fazem a diferença. O Seminário de Integração, promovido pelo Comitê Guandu-RJ, reuniu membros do Colegiado, em uma série de palestras e dinâmica, buscando cada vez mais conectar os representantes da sociedade civil, do poder público e usuários de recursos hídricos, nas propostas para aumentar a segurança hídrica.
O evento aconteceu no Espaço Manancial, na sede da CEDAE, no Rio de Janeiro, nessa quinta-feira (01), e contou com palestrantes como Moema Versiani, gerente de Instrumentos de Recursos Hídricos e Governança das Águas (GERAGUA), Frank Pavan, engenheiro ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e André Marques, diretor executivo da AGEVAP.
Depois de uma apresentação de cada participante para estreitar laços e aumentar afinidade, aconteceu um debate sobre: “A Gestão das Águas no Estado do Rio de Janeiro e na Região Hidrográfica II”. Cada membro mostrou a experiência pessoal com a bacia do Guandu e com as ações dos municípios que fazem parte da Região Hidrográfica II.
Para a diretora de Saneamento do Comitê, Ana Asti, um sobrevoo feito por ela na bacia, constatando um cenário degradante, foi um alerta também para a importância das ações desenvolvidas pelo Comitê para mudar aquela realidade, o que a fez se envolver cada vez mais com o Colegiado, aproveitando eventos, como o seminário de quinta, para relembrar e compartilhar esse momento tão marcante.
“Eu vi a poluição negra que entrava nas lagoas, do alto e isso me impactou demais, foi então que entendi a responsabilidade gigantesca do Comitê de estar junto com o poder público, mas também de ficar de mãos dadas com a sociedade civil. São milhares de pessoas que vivem nesses territórios, precisamos de política pública e pensar nesse desenvolvimento para entender melhor essas questões”, destacou Asti.
O palestrante Frank Pavan, falou sobre o “Novo Contrato de Gestão e seus objetivos: importância da sinergia dos atores para o avanço da gestão e o alcance das metas. “O novo contrato pede que o trabalho seja feito de uma forma mais planejada, sempre com representantes da sociedade para discutir esse uso. As parcerias com os órgãos ambientais são de suma importância. Também não podemos esquecer que o saneamento está incluso água tratada”, afirmou Frank Pavan que é da Diretoria de Segurança Hídrica e Qualidade Ambiental (Dirseq) do INEA.
Na palestra sobre as Agências das Águas, André Marques, Presidente da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, explicou em detalhes sobre o que é a agência, o papel na relação com o Comitê e também a importância dentro de todo o sistema hídrico. “Eu chamaria não só de integração, mas também capacitação. Eu acho que sempre é bom cada um entender o sistema. O sistema é complexo, a gestão participativa em si é complexa, mas cada um precisa entender o seu papel, tanto o Comitê, como a Agência e também o gestor”, destacou André.
Troca de ideias
O evento dessa quinta-feira, foi o primeiro de uma série de ações que serão feitas para integrar todos os membros do colegiado. “O Seminário de Integração faz parte de uma programação que nós colocamos para a integração dos membros, depois vamos ter uma visita técnica na Light, fazendo com que todos os membros conheçam a região hidrográfica de fato. Vamos também até a Estação de Tratamento de Água, a ETA Guandu, e visitas as localidades que receberam o saneamento rural, com o Sanear Guandu, e o PAF (programa Produtores de Água e Floresta). São programas marcos do Comitê Guandu, tudo isso, aprimora o conhecimento profundo de cada membro, para que a gente tenha discussões e decisões fundamentadas. Para os membros se conhecerem melhor, estar receptivos uns aos outros, para que a gente consiga ter deliberações, tomadas de decisões considerando todos os saberes, mas que seja pautada no conhecimento técnico da região hidrográfica, porque nós temos o nosso Plano de Bacia e demais documentos norteadores. Tudo isso precisa estar integrado, por isso, que fizemos o Seminário, para que nós façamos o nosso trabalho bem feito enquanto Comitê de bacia, que é ter água limpa e abundante para todos”, afirmou a diretora-geral do Comitê e engenheira ambiental especialista de recursos hídricos da CEDAE, Mayná Coutinho.
Dinâmica de integração
Finalizando o encontro aconteceu uma dinâmica de grupo sobre comunicação não violenta, com o psicólogo e professor universitário Hans Muylaert. “Precisamos utilizar uma boa comunicação, porque isso melhora nossas relações nas organizações e no trabalho”, destacou Hans, que envolveu os membros com a dinâmica em grupo.