A Bacia do Rio Guandu está em constante transformação e é também papel do Comitê Guandu-RJ incentivar estudos que possam acompanhar essas mudanças. Tanto que dentro da sua Programação Anual de Atividades e Desembolso (PAAD) de 2024, que estabeleceu 57 ações e um investimento de cerca de R$ 100 milhões, são várias as propostas de estudos nas agendas de Gestão Integrada de Recursos Hídricos, Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos, Educação e Pesquisa, Infraestrutura Verde, Saneamento, Industria e Mineração, e Agropecuária.

São investimentos que visam não só a segurança hídrica, mas também o desenvolvimento econômico sustentável da Região Hidrográfica II (RH II), primordial ao estado do Rio de Janeiro. Dentre os estudos, há relacionados a intrusão salina e diagnóstico detalhado das fontes e minas d’água e entorno com indicação de alternativas, entre outras.

Dentro do PAAD também está previsto o lançamento de uma chamada pública para apoio a projeto de pesquisa relacionado à proteção e melhoria da qualidade da água da Lagoa Guandu. O manancial já vem sendo beneficiado pelo programa Sanear Guandu, do Comitê, que vem evitando o despejo de esgoto in natura a partir do uso de soluções individuais de esgotamento sanitário em áreas não urbanas dos municípios do seu entorno e dos rios Queimados e Ipiranga, afluentes do Rio Guandu, que deságuam na Lagoa.

Nas ações previstas para 2024 estão, ainda, levantamentos que buscarão caracterizar o perfil do uso da água na indústria, na agricultura e na agropecuária na RH II. A proposta é identificar áreas críticas geradoras de poluição e apontar boas práticas de manejo e ações de melhoria da eficiência hídrica.

Outros estudos previstos serão um hidrológico específico nas áreas de captação com balanço hídrico comprometido (Diagnóstico do PERH-Guandu); e de alternativas de localização de pequenos barramentos onde for confirmado o balanço hídrico crítico.

Além disso, há recursos direcionados à elaboração de um estudo abrangente na RH II e bacias vizinhas, com vistas à proposição de soluções alternativas de abastecimento e garantia de oferta hídrica; o diagnóstico detalhado das fontes e minas d’água e entorno com indicação de alternativas de proteção e prioridades de atuação; e um estudo de processos erosivos e hidrossedimentológicos, causados, por exemplo, pelo movimento da água de chuva no solo.

Também está projetado um chamamento público para apoio a projetos de produção de conhecimento, pesquisa e extensão, com temas associados a recursos hídricos na RH II.  Para esta iniciativa, o Comitê prevê R$ 6,7 milhões.

Além das pesquisas, o Edital de Chamamento Público 008/2019 contemplou treze projetos de educação ambiental, totalizando o valor de repasse de R$115.618,11. Atualmente, estão em fase de finalização os Planos Municipais de Educação Ambiental de treze municípios da Região Hidrográfica. Juntamente com planos de outros dois municípios, já existentes, serão consolidados em um Plano de Educação Ambiental da Bacia, com ênfase em recursos hídricos. O Colegiado irá fomentar a implementação das ações previstas.