Membros do Comitê Guandu-RJ deram sua contribuição ao  XXI Encontro Nacional de Iniciação Científica da Universidade de Vassouras (XXI ENIC 2024). Com o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, o evento aconteceu do último dia 24 a 26, reunindo especialistas de diferentes áreas em palestras, workshops práticos e feiras inovadoras.

No sábado (26), durante o encontro em Vassouras, o Comitê Guandu integrou uma mesa-redonda sobre a “Agenda 2030: Biomas do Brasil como Alicerces para o Desenvolvimento Sustentável”, voltada principalmente ao público de mestrado profissional em Ciências Ambientais.

Participaram do debate o diretor geral do Comitê Guandu e engenheiro florestal da Cedae, Elton Luis da Silva Abel, que também é doutor em Ciências Ambientais e Florestais da UFFRJ; o biólogo Mauro Pereira,  diretor executivo da Defensores do Planeta, vice-coordenador da Câmara Técnica de Estudos Gerais (CTEG) do Colegiado e ponto focal da América Latina na Agenda 2030 da ONU; a diretora de Saneamento do Comitê,  a advogada Paola Oliveira, membro da OAB Nova Iguaçu; e a integrante da Secretaria de Meio Ambiente de Vassouras, Nicole Fraguas, que também representa o município como membro do Comitê.

Os membros destacarem a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, como um plano global da ONU para atingir 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, os membros também pontuaram algumas ações realizadas pelo Comitê na Região Hidrográfica II.

Na mesa-redonda, o biólogo Mauro Pereira trouxe detalhes do que é a Agenda 2030 e seus 17 ODS.  “São ferramentas importantes para que a gente possa alcançar o desenvolvimento sustentável nas cidades. Demonstramos claramente qual a importância desses objetivos para a melhoria da nossa qualidade de vida na Bacia Hidrográfica do nosso Comitê Guandu. Falamos da importância das cidades estarem participando da implementação dos ODS, internalizando, monitorando e criando os espaços de governança como a Comissão Municipal de Acompanhamento da Agenda 2030, e principalmente como cuidar melhor da diversidade biológica das nossas unidades de conservação.”, disse Mauro, que pontuou cada um dos Objetivos.

A importância do envolvimento dos comitês de bacias no alcance dos ODS também foi outro destaque. 

“Temos a ciência que o Comitê Guandu é um dos primeiros do nosso Estado a trabalhar e, de fato, internalizar os ODS em tudo que nó fazemos. Bom lembrar que o Comitê construiu para 13 municípios os Programas Municipais de Educação Ambiental (ProMeas), e isso é ODS 4. A gente vem trabalhando com o reflorestamento, os planos da Mata Atlântica, que é ODS 15. Atuamos com o Sanear Guandu, ODS 6, mas também Água Limpa e Saneamento Básico. Mantém um diálogo com os prefeitos,  com as cidades, que é fortalecimento do ODS 17. Ou seja, é uma série de ODS que o nosso Comitê já vem trabalhando, principalmente a proposta que a gente estartou no GTEA, o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental, que é, de fato, localizar esses ODS em tudo isso e no nosso plano de educação ambiental e no plano de bacia. Então, a importância de ter o Comitê atuando, mostrando de forma contínua o que a gente já vem fazendo nos ODS, mas também internalizar, ou seja, elaborar dados para o Colegiado nesses Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, avaliou o vice-coordenador da Câmara Técnica de Estudos Gerais (CTEG).

Falando também para um público formado por jovens participantes do XXI ENIC 2024, Mauro Pereira ressaltou a importância da participação desse grupo no Comitê e na aplicação dos ODS.

“Terminei mostrando que a Agenda tem uma frase norteadora que diz que não devemos deixar ninguém para trás. Então, é também incluir todos, e o Comitê agora vem também internalizando os ODS, apoiando a participação das juventudes no Comitê. Então, incluir os jovens, a academia, as escolas, os pescadores, agricultores, a sociedade civil organizada é fundamental para o sucesso dessa Agenda, que não é da ONU, ela é de todos nós”, concluiu o biólogo.

A Univassouras é membro do Comitê Guandu, representada pela diretora de Restauração Ambiental do Comitê Guandu, Cristiane Siqueira. Ela é Pró-Reitora de Pós-Graduação e Capacitação Profissional, coordenadora do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais e coordenadora do curso de Engenharia Química da Univassouras.

“A apresentação  do Comitê foi inspiradora e despertou um intenso debate entre os participantes, que se mostraram motivados a contribuir para o cumprimento dos ODS, tanto no âmbito acadêmico quanto em suas comunidades. O evento foi uma oportunidade para acadêmicos e pesquisadores da Universidade de Vassouras, trocarem conhecimentos e experiências, reforçando o compromisso com a preservação ambiental e a inovação científica.  O Comitê Guandu, através de seu representante Mauro, trouxe uma palestra enriquecedora. Em sequência, na mesa, os diretores enfatizaram a importância da gestão integrada dos recursos hídricos e do envolvimento comunitário, abordando como a Agenda 2030 pode ser uma ferramenta prática para promover o desenvolvimento sustentável local e regional”, afirmou Cristiane Siqueira.

O XXI ENIC é um evento científico-acadêmico, realizado desde 2001 pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação Tecnológica. Já são centenas de trabalhos submetidos e apresentados nas edições, se tornando uma oportunidade dos participantes de ampliar seu conhecimento científico, fazer networking com profissionais de diversas áreas.