Como forma de marcar os 23 anos de criação do Comitê Guandu-RJ e ainda dentro das comemorações pelo Dia Mundial da Água, membros do Colegiado e autoridades municipais e estaduais vão se reunir no dia 03 de abril, às 13h30, no Salão Nobre do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Objetivo é apresentar e lançar o Observatório da Bacia e entregar o Plano Diretor Florestal da Região Hidrográfica II (RH II).

As implementações de ações voltadas a estes dois projetos também serão destacadas dentro dos investimentos previstos na Programação Anual de Atividades e Desembolso (PAAD) do Comitê para 2025. Ao completar seus 23 anos, o Comitê prevê a aplicação de mais de R$ 220 milhões na implementação ou continuidade de mais de 60 ações direcionadas aos 15 municípios RH II. Iniciativas que estão em destaque em mais uma edição da Revista Guandu, que será lançada no evento, junto a um coquetel de comemoração.

Dos recursos vindos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI), arrecadados na RH II, R$ 16 milhões já foram disponibilizadas pelo Colegiado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para a implementação do projeto Observatório da Bacia. Será a mais completa e eficaz rede de monitoramento com 80 estações para avaliar a qualidade e a quantidade da água.

Também estão autorizados recursos anuais destinados à operação e manutenção das estações hidrometereológicas do projeto. Para garantir o repasse, foi feito um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com participação do Inea e da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP).

A expectativa é que a partir das instalações sejam gerados dados sistemáticos para auxiliar os atores e entes que têm responsabilidade ou ação sob a gestão de recursos hídricos na bacia do Rio Guandu e toda a população, sendo uma das chaves fundamentais para direcionar ações mais assertivas e efetivas ao longo de toda RH II.

Além da apresentação do Observatório, outro momento importante no evento é a entrega aos representantes dos municípios do Plano Diretor Florestal (PDF) da RH II, que ficou pronto no ano passado, a partir de informações dos Planos Municipais de Conservação e Restauração da Mata Atlântica (PMMAs) que foram elaborados de forma participativa pelo Comitê.

“Os PMMAs e o Plano Diretor Florestal da RH II são fundamentais para preservar a Mata Atlântica, um bioma rico e ameaçado. Esses planos visam garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, proteger a biodiversidade, melhorar a qualidade de vida local e mitigar as mudanças climáticas. Essas ferramentas tem um impacto extremamente positivo na oferta hídrica da bacia, melhorando a quantidade e qualidade da água que é distribuída a população da região metropolitana do Rio de Janeiro”, destacou o diretor executivo do Comitê Guandu, Antoni Felipe Oliveira, que é assessor técnico ambiental na Secretaria de Ambiente e Defesa dos Animais de Queimados.

O Plano Diretor Florestal reúne informações dos 15 municípios da RH II, a primeira do estado do Rio de Janeiro a ter todos os PMMAs. Em 12 das 15 cidades, o planejamento foi construído de forma inédita, sendo custeado totalmente pelo Comitê Guandu.

Dentro dos investimentos do PAAD voltados à segurança hídrica, também está em destaque o Programa Sanear Guandu II, cuja contratação ficou em R$ 56 milhões. Apontado como o maior programa executado no país de obras de esgotamento sanitário em áreas rurais e periurbanas, o Sanear já atinge, na primeira fase, mais de R$ 42 milhões investidos pelo Colegiado em 12 municípios desde a criação no fim de 2021.

Cerca de seis mil domicílios já foram atendidos pelo Sanear gratuitamente com soluções individuais, como biodigestores, alcançando 24 mil pessoas e evitando o despejo de 3.3 milhões de litros esgoto in natura por dia em mananciais. Nesta segunda etapa, recursos estão sendo direcionados ao fim dos lixões na região.