O ano de 2025 consolidou o Comitê Guandu-RJ, mais uma vez, como uma das principais referências em gestão de recursos hídricos no Brasil. Com investimentos em diferentes áreas, o Comitê avançou em programas estruturantes, ampliou ações de educação ambiental, intensificou as discussões sobre o combate às queimadas e levou experiências bem-sucedidas da Região Hidrográfica II (RH II) do Rio de Janeiro para os principais fóruns nacionais e internacionais do setor, reforçando o seu lema “água limpa e abundante para todos”. Só neste ano foram mais de R$ 30 milhões em execução e cerca de R$ 60 milhões em novas contratações. São obras, projetos e outros investimentos que objetivam o ganho ambiental do território.
Em 2025, outro destaque foi a realização do processo eleitoral para a renovação dos membros do triênio fev/2026 a fev/2029, reafirmando o Comitê Guandu como o “Parlamento das Águas” ao integrar a Sociedade Civil, Usuários de Água e representantes de órgãos de Governo.
Considerados os programas mais expressivos do Comitê Guandu, o Sanear e o Produtores de Água e Floresta (PAF) entraram em uma nova fase de execução em 2025 com mais alcance e impacto no território. Se firmando como o maior programa de obras de esgotamento sanitário em áreas rurais e periurbanas do país, o Sanear Guandu teve um ano decisivo em 2025, com projeções de investimentos que ultrapassaram R$ 50 milhões. O anúncio oficial com a presença do governador Cláudio Castro, prefeitos da RH II e outras autoridades, em abril deste ano, no Salão Nobre do Palácio Guanabara, marcou as comemorações pelos 23 anos do Comitê.
O avanço para a segunda fase do programa do Sanear trouxe novas localidades selecionadas, publicação de editais, início e ampliação de obras, além de mobilizações comunitárias. Dos dez municípios que concorreram ao edital, as obras já foram iniciadas neste ano em Engenheiro Paulo de Frontin, Rio Claro, Queimados e Miguel Pereira. Os quatro municípios juntos com Nova Iguaçu, Japeri e Vassouras receberão a implementação de 6.358 soluções individuais nos três primeiros lotes, reforçando o compromisso do Comitê com a melhoria da qualidade da água, saúde pública e preservação ambiental.
O programa também ganhou projeção nacional e internacional ao ser apresentado como experiência de sucesso em eventos estratégicos. O diretor-geral do Comitê Guandu, Elton Abel, avalia as conquistas do Sanear em 2025 como reflexo do empenho dos membros do Colegiado e da AGEVAP. “Todos os avanços que conquistamos em 2025 com o Sanear e demais projetos são fruto de 23 anos de muito amadurecimento. Hoje a nassa equipe está bem entrosada com os municípios e tem uma interação muito bacana pela melhoraria da qualidade da unidade territorial e, por consequência, da bacia”, comentou Elton.
PAF: novo ciclo, mais alcance com a conversão produtiva
Neste ano, o PAF reafirmou seu papel estratégico na conservação ambiental aliada à produção rural sustentável. O encerramento do ciclo do PAF (Re)Floresta, com resultados expressivos no município de Rio Claro, marcou o início de uma nova fase, com lançamento de edital que mobilizou mais de 140 proprietários rurais.
Ao longo de 2025, o PAF avançou em todas as etapas: inscrições, capacitações, resultados preliminares, habilitação de propriedades, elaboração de projetos executivos e assinatura de contratos. Ações de campo, como os Cafés com Prosa, capacitações sobre o CAR, parcerias com a Emater-Rio, dias de campo e encontros de encerramento do ano reforçaram a aproximação com os produtores rurais e a adoção de práticas de conversão produtiva e infraestrutura verde.
Atualmente 121 propriedades estão sendo atendidas gradativamente neste novo ciclo do PAF. Elas são atendidas pelo Comitê Guandu com o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), em duas modalidades: o PSA Anual e o PSA Apoio Financeiro. O repasse da primeira parcela no valor de R$ 606.935,77 em 2025 marcou o início efetivo da etapa de implantação das práticas de conversão produtiva.
Datas simbólicas, como o Dia da Árvore, também foram utilizadas para reforçar a importância do programa e engajar a sociedade em torno da restauração florestal e da segurança hídrica.
Educação ambiental e mobilização social
A educação ambiental teve papel marcante em 2025. O Cine Guandu mobilizou estudantes de diversos municípios, desde o período de inscrições até a votação popular e premiação, com destaque para o reconhecimento dos vídeos e apresentação no Prêmio Jovem da Água de Estocolmo. O concurso reafirmou o protagonismo juvenil na defesa dos recursos hídricos.
Além disso, palestras alusivas ao Dia Mundial da Água, campanhas como o Recicla Guandu e a abertura de edital para contratação do Plano de Educação Ambiental ampliaram o alcance das ações educativas, integrando escolas, comunidades e instituições parceiras.
Prevenção, capacitação e resposta contínua contra as queimadas
Diante dos desafios climáticos, o Comitê Guandu-RJ intensificou em 2025 as ações de prevenção e combate às queimadas. A Campanha Fiscal das Queimadas esteve presente ao longo de todo o ano, com alertas sazonais, mobilização de parceiros, foco no período junino e reforço nos meses mais críticos.
Workshops, treinamentos práticos, capacitações com a Operação Fumaça Zero, e o início do processo de aquisição de EPIs e suprimentos, além de ações educativas, consolidaram uma estratégia integrada que vai além das campanhas pontuais, reforçando a atuação permanente na proteção da Mata Atlântica e das áreas de mananciais.
Eventos e representatividade
O Comitê Guandu-RJ teve participação ativa em eventos estratégicos em 2025. No cenário nacional, marcou presença no 26º ENCOB, em Vitória (ES), com estande próprio, painéis temáticos e apresentação de iniciativas voltadas à segurança hídrica, saneamento e infraestrutura verde, reforçando o protagonismo da RH II.
No cenário internacional, o Comitê levou suas experiências à COP30, com participação na Green Zone, painéis sobre o Sanear, investimentos em infraestrutura verde, integração institucional e a elaboração do novo Plano de Contingência para Segurança Hídrica. A presença na COP consolidou o Comitê Guandu como referência em soluções baseadas na natureza e governança das águas.















