Os alertas contra incêndios florestais feitos pela campanha “Fiscal das Queimadas”, do Comitê Guandu-RJ, seguem ganhando força nas plataformas digitais e mobilizando a sociedade sobre medidas de prevenção para evitar danos ao meio ambiente provocados pelo fogo.
Com a chegada de um dos períodos mais críticos para a ocorrência de incêndios em vegetações por conta da menor incidência de chuva no inverno, atrelado também aos festejos dos meses de junho e julho, a campanha “Fiscal das Queimadas” usa a informação contra práticas que podem ocasionar prejuízos, como a soltura de balões, fogueiras e descarte de pontas de cigarro acesas à beira de estradas.
Em um novo vídeo disponível no YouTube, o Comitê conta com a colaboração do engenheiro florestal e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Fábio Souto, e do gestor da Flona Mário Xavier, Ricardo Nogueira, para alertar sobre os impactos que o fogo pode causar à flora e à fauna.
O aumento de queimadas no período seco muda completamente a temperatura dos locais, a quantidade de água nas nascentes diminui, prejudica o solo, sem falar que os animais silvestres são obrigados a fugir dos seus habitats.
“Esses incêndios causam até mesmo a degradação da qualidade do solo, geram a perda de nutrientes essenciais para as plantas, afetando, logicamente, a produtividade agrícola, a produtividade agropecuária, e o impacto sobre a fauna certamente é bastante expressivo. Esses incêndios vão acabar gerando perda e degradação de habitats naturais e gerar redução do tamanho das populações de plantas e animais podendo ocasionar até mesmo perda de biodiversidade”, relatou o professor Fábio Souto, que tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em conservação da natureza e avaliação de impactos ambientais.
A mudança de hábitos é necessária, principalmente nas áreas que ficam próximas a florestas e reservas. “Temos uma floresta urbana e o tema incêndio, fogo e queimada aqui é algo que nós tratamos com muita atenção. Os incêndios são em maioria criminosos, provocados pelos vizinhos que adentram na unidade para utilizar como pasto. Nós fazemos o monitoramento cotidianamente afim de evitar isso”, alertou Ricardo Nogueira, gestor da Flona, que é uma unidade de conservação localizada no município de Seropédica-RJ.
Um dos crimes cometidos, principalmente nesta época de festejos juninos, é a soltura de balões. Para alertar sobre esta prática ilegal, o Comitê Guandu preparou um spot que foi disponibilizado a rádios da Região Hidrográfica II (RH II) e também em plataformas de áudio, como o Spotify.
“Quem vê balões voando pelo céu nem sempre conhece os riscos que carregam e as tragédias que podem causar, principalmente ambiental. Soltar balão é crime em qualquer época, mas a situação se agrava, justamente no período de estiagem e de vegetação mais seca. Curta os festejos juninos com responsabilidade, evite também fogueiras e outras práticas que possam causar incêndios florestais. Para denunciar, ligue para o Linha Verde, no 0300 253 1177 (para o interior) ou (21) 2253 1177 (para a capital). Seja um Fiscal das Queimadas. Comitê Guandu: Água limpa e abundante para todos”, alerta a mensagem.
A campanha “Fiscal de Queimadas” teve sua primeira edição em 2022 e passou a reforçar as ações do Plano Associativo de Combate, Prevenção e Mitigação de Incêndios Florestais, do Comitê Guandu-RJ.
Assim como no ano passado, a campanha em 2023 vai seguir até setembro. Além das ações nas redes sociais, a ideia é que as empresas e instituições parceiras também estejam engajadas com o projeto para que também se tornem um “Fiscal das Queimadas”. Tendo uma conduta de preservação para evitar incêndios, como também, alertar colaboradores para os cuidados neste período seco, são os principais quesitos para ser um Fiscal. Para participar entre em contato com o Comitê Guandu pelo email: comunicacao.guandu@agevap.org.br.
Confira o vídeo da campanha:
Ouça o spot do “Fiscal das Queimadas”:
Créditos da imagem: Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu.