A educação ambiental e as práticas sustentáveis como ferramentas no enfrentamento à crise climática têm levado representantes do Comitê Guandu-RJ a participarem constantemente de discussões sobre os temas. Na última semana, o Colegiado integrou eventos importantes no Rio de Janeiro, com destaque ao G20 Social e a I Conferência Estadual de Educação Ambiental, essa realizada pela Superintendência de Educação Ambiental e Sustentabilidade – (SUPESUS – SEAS).
Nos dias 14, 15 e 16 de novembro, integrantes da diretoria e outros membros do Comitê Guandu marcaram presença no G20 Social, cujo objetivo foi ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, que tem por lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.
“Foi uma experiência muito bacana de poder estar partilhando, junto com os outros comitês e prefeituras, vários projetos. É muito importante essa interação, essa aproximação com todos os comitês para trocar figurinha sobre o que está dando certo. Para que lado cada um está levando a estratégia, o que cada um está fazendo e pegar como exemplo o que está dando certo”, destacou o diretor geral do Comitê Guandu e engenheiro florestal da Cedae, Elton Luis da Silva Abel, ressaltando também a participação de outros da diretores.
Os membros participaram da programação que debateu os desafios do enfrentamento às mudanças climáticas, gerenciamento costeiro e acesso ao saneamento básico, entre outras coisas. Ainda dentro do G20 Social, aconteceu o evento Conexão 2030, com a premiação do Desafio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2024, promovido pelo ONU-Habitat, no Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio. Um dos indicados foi o Sanear Guandu, projeto do Comitê, considerado o maior em execução de obras de esgotamento sanitário em áreas rurais e periurbanas do país.
O G20 Social aconteceu em paralelo ao Encontro Internacional de Cúpula do G20, para o debate das mais importantes questões globais, com destaque às econômicas e ambientais, reunindo as 20 maiores economias do mundo.
A Defensores do Planeta, como membro do Comitê Guandu, é parte dos chamados grupos de trabalho da sociedade civil, que lideram o diálogo para conduzir os líderes dos países na assinatura e chancelamento do documento final do G20.
“Participei do grupo C20, que é o Civil Society Group, o e Matheus França, nosso coordenador de juventude, também do Comitê Guandu, participou do Y20, que é o diálogo de como a gente deve empoderar, incluir a juventude nesse diálogo de presente e futuro nos temas do G20. Participando desses grupos de trabalho do C20 e Y20 nós conseguimos algumas obtenções importantes na declaração oficial da sociedade civil entregue aos chefes de estados e governo que estão no G20. Nós conseguimos colocar no documento que a Aliança Global seja alinhada com os ODS, uma luta nossa”, citou uma das conquistas o biólogo Mauro Pereira, diretor executivo da Defensores do Planeta, vice-coordenador da Câmara Técnica de Estudos Gerais (CTEG) do Comitê Guandu e ponto focal da América Latina na Agenda 2030 da ONU.
A participação de diretores e outros membros do Comitê também foi destacada por Mauro como importante em vários diálogos, não só na questão do desafio ODS, mas em outros assuntos relacionados à gestão hídrica e participação da juventude. “Nossos diretores estiveram lá ativamente participando, dialogando, fazendo algumas conexões importantes para o nosso Comitê. A nossa participação enquanto Comitê que trabalha a gestão hídrica tem que ser além”, avaliou.
Quem também marcou presença não só no G20 Social, mas na I Conferência Estadual de Educação Ambiental, que aconteceu no dia 13, foi o ambientalista Nelson Reis, membro do Comitê Guandu e da ONG OMA Brasil. O evento reuniu membros de Colegiados de bacia e representantes de organizações da sociedade civil e públicas.
“Foram dias bastante intensos voltados às questões de educação ambiental. Primeiro lá na Uerj com a mentoria de educação ambiental para os membros do comitê de bacias, depois com a primeira Conferência de Educação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro, também muito rica, e com as atividades do G20 Social, onde os comitês de bacias também puderam fazer a suas apresentações relativas às suas realizações territoriais. No Conexão 2030, a premiação das boas práticas no Estado com relação aos ODS também foi significativa, porque eu acredito que o reconhecimento dessaa práticas precisam ser evidenciada. E destaco no final o documento que manifesta para o G20 aquilo que a gente vem discutindo no âmbito do Estado, de nossas reivindicações, para que seja também incorporado pelos dirigentes dos países”, avaliou Nelson Reis.
