Cerca de setenta pessoas entre representantes de organizações públicas, civis e da iniciativa privada participaram ontem (25) da primeira reunião Ordinária Plenária do Comitê Guandu-RJ, que teve entre seus assuntos a posse dos novos membros do Colegiado. As instituições empossadas foram escolhidas após processo eleitoral público iniciado em dezembro e tem agora a missão de gerir a bacia que abastece cerca de nove milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

O processo eleitoral para este biênio marcou um recorde: 92 instituições tentaram uma das 36 vagas de titulares no Comitê. Todos os 15 municípios que fazem parte da bacia se inscreveram, além de órgãos estaduais, federais, empresas e organizações da sociedade civil. Agora, os novos membros terão pela frente a missão de melhorar os índices de saneamento e consequentemente a qualidade da água captada pela ETA Guandu, da CEDAE, maior estação de tratamento de água do mundo, e atuar nas agendas ambientais que resultam na melhora da disponibilidade hídrica, na educação ambiental e ainda, no acompanhamento do processo de concessão dos serviços de abastecimento de água no estado. “Avançar com as demandas urgentes para melhorar com as condições ambientais do manancial que abastece a região metropolitana é o nosso foco e maior desafio”, afirmou Marcelo Danilo Bogalhão (ANAGEA-RJ) membro empossado e diretor eleito para este biênio.

Outro representante da sociedade civil no colegiado é Mauro André (ONG Defensores do Planeta). Ele falou sobre a representação da sociedade dentro da gestão. "A sociedade civil deve esperar uma gestão hídrica que prioriza o diálogo com todos os atores sociais da região hidrográfica II, tendo um processo de escuta e inclusão de demandas pertinentes a realidade social dos atores do território, com ênfase na inclusão da juventude nas discussões da gestão hídrica e a implementação dos ODS objetivos de desenvolvimento sustentável nas ações do Comitê Guandu".

Entre vários projetos e investimentos, o Comitê já entregou projetos de esgotamento sanitário aos municípios, projetos básicos e executivos com as melhores alternativas ambientais e econômicas para o esgotamento rural para os 15 municípios da bacia, além de aporte de recursos para obras na área de saneamento. Em infraestrutura verde, o programa Produtores de Água e Floresta (PAF) já recuperou e conservou mais de cinco mil hectares de Mata Atlântica. Neste biênio, além da continuidade de programas como o PAF,  o Comitê irá atuar fortemente em educação ambiental, no desenvolvimento de um plano de educação ambiental para os municípios voltado aos recursos hídricos, e no projeto observatório de bacia, que irá implementar estações de monitoramento em diferentes pontos da bacia que permitirão informações em tempo real sobre a qualidade da água.

Após a posse, houve a eleição da diretoria colegiada. Com inscrição de apenas uma chapa, foi referendada pela maioria dos membros a diretoria formada por FIRJAN, CEDAE Abastecimento, ANAGEA-RJ, ABES-RJ, SEAS-RJ, e prefeitura municipal de Queimados. Paulo de Tarso Pimenta, representante da FIRJAN, foi reeleito diretor geral. “´É importante seguir com as articulações. Precisamos ouvir e falar com todos os atores e representações. Só vamos conseguir os avanços necessários com a ajuda e a participação de todos. Exemplo disso é a participação e atuação do Comitê no Grupo Técnico Interinstitucional, que reúne Ministério Público, INEA, SEAS, CEDAE e outros órgãos estaduais, trabalhando em prol da segurança hídrica, e também em outras frentes estaduais e nacionais. É um problema que afeta toda a população, exige ação imediata em todos os níveis. Os municípios também são indispensáveis neste processo”, explicou Paulo de Tarso.

O Comitê agora irá compor suas instâncias, ou seja, as Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho, para seguir com os trabalhos em prol da bacia. A lista com a composição plenária está disponível no site do Comitê (https://bit.ly/3usr4v9).

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