Aconteceu ao longo da última quinta-feira (31), a 1ª Reunião Extraordinária da Câmara Técnica de Estudos Gerais (CTEG) do Comitê Guandu. O encontro, que aconteceu de forma remota, recebeu representantes de alguns dos municípios da RH II. A proposta era de que eles apresentassem potenciais atrativos turísticos em suas regiões e as dificuldades para o desenvolvimento do turismo em cada área.
Foram realizadas apresentações destacando os potenciais turísticos dos municípios de Itaguaí, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica, Miguel Pereira e Rio Claro.
No município de Itaguaí, os representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Planejamento destacaram as áreas de proteção ambiental existentes na cidade. Pontos como a Estrada Real, o Mirante do Imperador, Cachoeira da Mazomba e a ilha de Itacuruçá, cujo território é compartilhado com Mangaratiba. A apresentação passou ainda pela orla recém-revitalizada de Coroa Grande e pela Serra da Calçada, o chamado caminho dos Jesuítas.
Em seguida as cidades de Japeri, Nova Iguaçu, Queimados e Seropédica decidiram fazer uma apresentação conjunta, que contou também com o apoio das professoras Maria Angélica Maciel Costa e Isabela Fogaça, ambas representando o Observatório de Turismo da Baixada Verde (UFRRJ).
O foco da apresentação ficou nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs). A região do chamado Pantanal Iguaçuano foi o maior destaque na apresentação dos representantes de Nova Iguaçu. Enquanto os dos outros três municípios focaram em seus rios locais, além do próprio Guandu, e a abertura para o turismo de aventura, com prática de esportes como rafting e canoagem.
Foram mencionadas as atividades com esportes aquáticos que já acontecem no bairro de Nova Belém, em Japeri, e a travessia da ponte Pênsil, também conhecida como “balança mas não cai”, na divisa entre Japeri e Seropédica. Os desafios ressaltados pelos municípios são, em sua maioria, por conta da poluição presente em seus corpos aquáticos.
Os municípios contaram com o apoio de integrantes do Observatório de Turismo da Baixada Verde, que mapearam os potenciais turísticos dessas e outras cidades que fazem parte da Baixada Fluminense.
“Nós temos pessoas que trabalham com o turismo agrícola, então existe o knowhow técnico para contribuir com os projetos presentes na reunião”, disse a pesquisadora Isabela Fogaça. “Nós levamos o turismo, não como fim, mas como meio. Meio de captação de recursos e de aumentar a autoestima da população local”, completou a professora.
A reunião seguiu com a apresentação de Miguel Pereira, que mostrou um elaborado plano de implantação de um polo de ecoturismo e esportes de aventura. Além do já conhecido Lago de Javary, atração turística da região que já recebeu até mesmo um campeonato mundial de vôlei de praia, e do aguardado Parque dos Dinossauros, que deve ser aberto ao publico em maio, a cidade seguiu com foco em suas belezas naturais. A ideia é focar nas trilhas, e no arvorismo já popular da região. O maior desafio é a sinalização, que ainda é precária.
Para finalizar foi a vez de Rio Claro. O município também focou em suas belezas naturais e destacou pontos como a Represa de Ribeirão das Lajes e o Parque Arqueológico e Ambiental São João Marcos.
Os representantes do governo local destacaram também a ação do Projeto Produtores de Água e Floresta, realizado na região pelo Comitê Guandu, e a recuperação ambiental na área, que agora tem maior potencial turístico graças ao programa.
As apresentações estavam previstas no Manual Operativo do PERH Guandu, que define a escolha de potenciais para turismo agroecológico como uma ação prioritária com objetivo na conservação e proteção dos recursos hídricos