“Continuar no caminho certo”. Seguindo esse propósito, os membros do Comitê Guandu RJ traçaram, de forma coletiva as ações a serem desenvolvidas em 2024 pelo Colegiado. Com a Programação Anual de Atividades e Desembolso (PAAD), aprovada durante a última reunião plenária do ano, no mês de dezembro, já foram determinados, entre outros investimentos, recursos para a ampliação de programas de sucesso, como o Sanear Guandu e o Produtores de Água e Floresta, além da entrega dos planos Diretor Florestal e de Educação Ambiental da Região Hidrográfica II (PEA Guandu), e a implementação do Observatório de Bacia.
“A aprovação do PAAD é um momento muito importante. Reafirma que a gente está no caminho certo e garante que a gente continue, maximize nossas ações em 2024”, comentou durante a reunião plenária a diretora geral do Comitê Guandu e Engenheira Ambiental e Coordenadora de Meio Ambiente ESG da Cedae, Mayná Coutinho.
O documento estabeleceu 57 ações e um investimento de cerca de R$ 100 milhões. Ele prevê a continuidade e avanço do Sanear Guandu – maior projeto de execução de obras de esgotamento sanitário em áreas não urbanas do país – e do Produtores de Água e Floresta; a finalização e entrega do Plano Diretor Florestal e dos Planos Municipais de Educação Ambiental; a banco de áreas para restauração; a implementação do projeto Observatório da Bacia; e a publicação de editais de fomento à pesquisa e educação ambiental, entre outras ações dividas nas agendas de Gestão Integrada de Recursos Hídricos, Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos, Educação e Pesquisa, Infraestrutura Verde, Saneamento, Industria e Mineração e, Agropecuária.
Entre as novidades está a Montagem do Programa de turismo agroecológico com vistas a conservação e proteção dos recursos hídricos. Será contratada uma instituição especializada para a construção do programa, e a implementação do projeto Observatório da Bacia. Trata-se de uma rede de monitoramento sobre a qualidade e a quantidade da água, sendo subsídio para ações mais assertivas e efetivas ao longo de toda bacia do Rio Guandu. Com um investimento inicial de R$ 16 milhões, serão instaladas 80 estações de monitoramento qualiquantitativo na Região Hidrográfica II, que vão gerar dados sistemáticos que vão auxiliar os atores que atuam na bacia e toda população.
“Com a aprovação do ACT no fim do ano, a gente deu um passo importante para que o Observatório de Bacia esteja caminhando a pleno vapor em 2024. Com esse projeto do Comitê, a gente modelou a melhor rede de monitoramento para a nossa região hidrográfica. Vai ser a rede de monitoramento qualiquantitativa mais completa do Brasil. E isso vai gerar um benefício muito grande, no sentido de termos dados consolidados de fato sobre o real estado dos nossos corpos hídricos, quase que em tempo real”, destacou a diretora geral do Comitê.
O Observatório tem o selo do Programa Estadual de Segurança Hídrica do Estado, como um projeto cinco estrelas na categoria qualidade de água e recursos hídricos.
Além do Sanear, para a agenda de saneamento, estão previstas ações importantes. O Colegiado aprovou a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico e o Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos municípios da RH II. No segundo semestre de 2023 foi realizado um levantamento sobre a existência dos planos. Para 2024 haverá um alinhamento junto ao Instituto Rio Metrópole que está realizando os planos regionais, para verificar a viabilidade e a complementariedade dos planos dos municípios já atendidos, além da elaboração para os municípios que não estão na Região Metropolitana. A ideia é eu sejam contratados ainda em 2024.
Incentivo ao conhecimento, pesquisa e extensão
Ainda dentro da Programação Anual de Atividades e Desembolso estão propostos vários estudos para o desenvolvimento econômico sustentável da RH II, primordial ao estado do Rio de Janeiro. Entre eles, há um que visa identificar a intrusão salina na bacia e outro para a proteção e melhoria da qualidade da Lagoa do Guandu, além de levantamentos que buscarão caracterizar o perfil do uso da água na indústria, na agricultura e na agropecuária.
A proposta é identificar áreas críticas geradoras de poluição e apontar boas práticas de manejo e ações de melhoria da eficiência hídrica. Também está previsto um chamamento público para apoio a projetos de produção de conhecimento, pesquisa e extensão, com temas associados a recursos hídricos na RH II. Para esta iniciativa, o Comitê prevê R$ 6,7 milhões.
Projetos e campanhas aproximam a comunidade
Dentro do Plano de Comunicação do Comitê, atividades de sucesso que aconteceram em 2023 estarão de volta, como o “Amigos do Guandu”, desenvolvido em escolas de educação infantil da bacia; o Podcast “Quanto vale a água?”; a “Revista Guandu”; e a campanha “Fiscal das Queimadas”, entre outras.
Outras ações previstas serão anunciadas ao longo de 2024.