Jovens, entre 18 e 29 anos, integrantes de instituições membros do Comitê Guandu-RJ, podem se inscrever, até o próximo dia 20 de setembro, para participar do Grupo de Trabalho de Juventude (GTJ) do Colegiado. O objetivo é contar cada vez mais com a colaboração desta faixa etária nas discussões pela segurança hídrica de uma das regiões mais importantes do Rio de Janeiro.
Já é prática do Comitê Guandu-RJ desenvolver ações que visam ampliar o acesso às informações e às condições necessárias para que os jovens possam atuar como agentes de transformação em relação aos desafios na gestão das águas. Exemplo disso, é o que acontece com o concurso ambiental e cultural Cine Guandu, que caminha para sua segunda edição, e o projeto Amigos do Guandu, também voltado à educação ambiental.
Membro do Comitê representando a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), no Rio de Janeiro, a engenheira civil, mestre e doutoranda em engenharia ambiental, Mickaela Midon da Paixão, de 25 anos, ressalta que a participação dos jovens no Colegiado é fundamental para garantir a preservação e a gestão sustentável dos recursos hídricos da região.
“Sendo a principal fonte de água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o Rio Guandu tem um papel estratégico no abastecimento de milhões de pessoas, além de ser crucial para a manutenção de ecossistemas locais. A inclusão de jovens nas discussões e nas tomadas de decisões desse comitê não só traz inovação e novas perspectivas, mas também fomenta um senso de responsabilidade ambiental entre as novas gerações”, destacou Mickaela.
O Grupo de Trabalho, segundo o artigo sétimo do Regimento Interno, faz parte da organização do Colegiado. Ele é criado através de resolução específica que estabelece um objetivo, atribuições, quantidade de membros, enquanto estiver vigente, pois tem tempo determinado. Em geral, o objetivo é trabalhar assuntos específicos ou acompanhar alguma demanda de um contrato, um projeto dentro das agendas do Plano de Bacia.
“Nós jovens, como futuros líderes e gestores, desempenhamos um papel essencial na construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a preservação ambiental. Quando nos envolvemos em atividades e projetos do comitê, desenvolvemos uma compreensão mais profunda da importância de proteger os recursos hídricos e de promover o uso responsável da água. Essa conscientização é transmitida para a sociedade como um todo, criando um ciclo de aprendizado e conscientização coletiva”, ressaltou a jovem.
O GTJ será constituído por até seis integrantes. A expectativa é de que os jovens também apresentem novas ideias e elaborem estudos dos projetos das suas áreas de atuação para submetê-los às Câmaras Técnicas e posteriormente ao plenário.
“A proteção ambiental é um compromisso intergeracional. As gerações futuras dependerão da qualidade e da disponibilidade dos recursos naturais que protegermos hoje. A preservação das bacias hidrográficas, como a do Guandu, é vital para garantir que essas gerações possam desfrutar de um meio ambiente equilibrado e sustentável. A água limpa e o equilíbrio ecológico são pilares de uma qualidade de vida digna, e o envolvimento dos jovens é crucial para a continuidade dessa missão. Ao se envolver com questões ambientais, a juventude não apenas contribui com o presente, mas também pavimenta o caminho para um futuro mais sustentável e justo para todos”, finalizou.
Podem se inscrever para o GTJ membros do Comitê, que são representantes dos usuários dos recursos hídricos, da sociedade civil e dos órgãos executivos de governo.
Alguns requisitos são obrigatórios, como a comprovação de idade e apresentação de carta de indicação da instituição membro. Quem quiser participar deve manifestar de interesse pelo guandu@agevap.org.br.
Além de montar o GTJ, o Comitê já retomou neste ano os Grupos de Trabalho de Educação Ambiental (GTEA), o de Infraestrutura Verde (GTIV) e o de Segurança Hídrica (GTSH.)