O projeto (Re)floresta, Água e Carbono que amplia a atuação do programa Produtores de Água e Florestas Comitê Guandu-RJ no município de Rio Claro-RJ, já atendido há 13 anos, iniciou a fase de visitação a áreas atendidas e também se reuniu com representantes da Prefeitura para alinhar os próximos passos do projeto.

Ao todo são 44 hectares localizados em Rio Claro que irão receber as ações do projeto financiado pelo Comitê Guandu-RJ e pelo Programa Petrobras Socioambiental, com acompanhamento técnico e operacional da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrografia do Rio Paraíba do Sul (Agevap).

As visitas de campo às 17 propriedades que receberão ações de restauração florestal e cercamento começaram no dia 19 do mês passado. Também em janeiro deste ano, no dia 25, a equipe do PAF (Re)floresta esteve pela segunda vez no quilombo Alto da Serra, em Lídice.  A proposta foi conversar com a liderança do local sobre o planejamento de atividades do projeto à comunidade, que inclui um diagnóstico de potencialidades socioambientais e cursos técnicos.

Além de estudo e pesquisa na literatura sobre a história e desenvolvimento do Quilombo Alto da Serra do Mar, o projeto está trabalhando de forma coletiva com a comunidade em atividades participativas. Ao longo de cinco visitas, será construído, coletivamente, uma narrativa local sobre o quilombo em que sua história, trajetória e atividades econômicas, sociais e ambientais sejam estruturados para identificação dos principais potenciais para o desenvolvimento econômico alinhado com a preservação ambiental local.

Ainda no dia 25 do mês passado, a diretora geral do Comitê Guandu, Mayná Coutinho, esteve com a equipe do PAF (Re)floresta e da Agevap em um encontro com o prefeito de Rio Claro, José Omar, e o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Lázaro Lopes, além de outros representantes da pasta e o coordenador do Grupo de Trabalho de Infraestrutura Verde (GTIV), Hendrik Mansur.

O encontro foi apontado com uma ótima oportunidade de diálogo entre importantes atores do projeto e ainda de apresentar quais foram as melhorias no programa e a importância do reflorestamento para cidades de cabeceira, como Rio Claro. O próximo passo será a realização de uma reunião com as secretarias de Educação, Turismo e Meio Ambiente do município, afim de elaborar as ações que serão realizadas em parceria com o poder público.

Mais sobre o projeto

Com o projeto (Re)floresta, Água e Carbono, além das ações de restauração, estão previstas outras atividades para serem realizadas entre 2022 e 2024 em Rio Claro. Algumas delas são: elaboração de informativos e materiais de comunicação visual para promover a sensibilização à conservação e restauração ambiental; construção de um diagnóstico de potencialidades socioeconômicas e ambientais locais e estudos de estoque de Carbono e Gases de Efeito Estuda (GEE), acompanhamento de novas áreas de reflorestamento em propriedades rurais locais e fomento à pesquisa. Esse apoio à pesquisadores acontecerá pela distribuição de R$114.525,00 em bolsas de pesquisa ao longo de 14 meses, cujo processo de escolha, por meio de edital, está em andamento e o resultado final está previsto para o dia 08 de março deste ano.