Já está disponível também em versão digital a “Revista Guandu”. Publicada anualmente, a edição de 2023 traz, em 54 páginas, uma série de reportagens que mostra avanços importantes de programas realizados pelo Comitê Guandu-RJ na Região Hidrográfica (II), que reúne 15 municípios na bacia rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim.
Estudos, projetos e personagens são destaques quando o assunto é a segurança hídrica de uma das regiões mais importantes ambientalmente e para o desenvolvimento do estado. Reportagens inéditas, com depoimentos e fotos, mostram histórias de protagonismo daqueles que contribuem por uma melhor qualidade de água na região hidrográfica.
Um dos carros-chefes mostrados na revista é o Sanear Guandu, maior programa de saneamento rural do Brasil quando se fala em soluções coletivas e individuais. São 25 Estações de Tratamentos de Esgoto e cerca de 7 mil soluções individuais em áreas rurais e periurbanas da Bacia do Rio Guandu. Hoje, as obras já estão em 11 municípios, sendo investidos, em um ano, cerca de R$ 18 milhões. Além de proteger rios e outros mananciais do despejo de dejetos domésticos, o programa do Comitê Guandu com parceiros almeja também a proteção da saúde pública e a qualidade ambiental, dentro do processo estratégico de universalização do saneamento na Região Hidrográfica II (RH II).
O programa prevê, ainda, soluções para o esgotamento sanitário em mais duas cidades, totalizando 13 municípios, chegando a R$ 80 milhões investidos, e impedindo o despejo nos rios e afluentes da Bacia Guandu de 10 milhões de litros de esgoto por dia.
Nesta edição da Revista Guandu, há também uma entrevista com Thiago Pampolha, vice-governador do estado do Rio de Janeiro, que também ocupa a Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade do Estado
Entre outros assuntos abordados na Revista estão mais programas importantes como o Produtores de Águas e Florestas (PAF), realizado pelo Comitê Guandu há 14 anos e que ganhou uma novidade com o projeto (Re)floresta, Água e Carbono; além dos Planos Municipais de Mata Atlântica (PMMA) e os Programas Municipais de Educação Ambiental (ProMEAs), cujos objetivos é ter um diagnóstico individual de cada município e também construir o Plano Diretor Florestal para a Bacia do Guandu e o Plano de Educação Ambiental da Região Hidrográfica II.
Atividades de sucesso que foram lançadas em 2022 também estão em destaque, como o projeto “Amigos do Guandu”, o “Cine Guandu” — concurso ambiental e cultural voltado a estudantes — e a campanha “Fiscal das Queimadas”.
Voltado aos alunos da Educação Infantil e anos inicias do Fundamental, o “Amigos do Guandu” levou, junto com parceiros, educação ambiental a duas escolas da Região Hidrográfica II (RH II), com uma série de atividades, como a confecção de cartas escritas pelos estudantes e histórias que vão virar um livro em 2023.
Na revista, uma matéria mostra detalhes da primeira edição da campanha “Fiscal das Queimadas” e outras ações do Plano Associativo de Combate, Prevenção e Mitigação de Incêndios Florestais, do Comitê.
Em outra reportagem, o foco é nas ações de implementação do projeto “Observatório de Bacias”, uma rede que vai permitir o monitoramento qualiquantitativo da água da RH II. O Comitê estuda as formas possíveis de execução, arranjos financeiros, operacionais e institucionais. A rede custará cerca de R$ 15 milhões. A partir das informações obtidas, será possível detectar a poluição e realizar ações sinérgicas com faculdades e centros de pesquisas.
E por falar em pesquisas, a Revista Guandu também mostra na sua edição como o incentivo a estudos científicos podem contribuir na busca por água de qualidade e em abundância. Nos útimos 10 anos, cerca de 180 projetos receberam apoio do Comitê, com mais de R$ 1 milhão em bolsas de estudo, por meio dos editais. Uma das contempladas, a professora Helena Regina Pinto Lima, integrante do departamento de Botânica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), falou à Revista sobre o seu estudo e da importância do incentivo dado por meio dos recursos do Colegiado.
“O financiamento trouxe a participação dos municípios em ações de conservação da biodiversidade, por meio da criação de Unidades de Conservação. Um incentivo à realização de pesquisas que tem possibilitado estudos e ampliação de
conhecimentos a respeito da flora e fauna”, comentou a professora.
A proposta da Revista Guandu, segundo o Colegiado, é ser uma fonte de informação para além dos seus membros, com distribuição de seus exemplares também em vários órgãos e eventos que tratem sobre recursos hídricos e meio ambiente de forma geral.
Confira a edição 2023 da Revista Guandu clicando aqui.