O Comitê Guandu-RJ, através do Consórcio STCP/Mater Natura, realizou um novo curso de diagnóstico regional para a elaboração e implementação dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação do Meio Ambiente (PMMAs) da bacia.

As aulas seguiram as quatro dimensões previstas no roteiro das PMMAs, já contando com as adaptações necessárias a Região Hidrográfica II (Guandu). Foram elas:

1) definição da localização e da situação dos remanescentes de Mata Atlântica;

2) identificação dos principais vetores de desmatamento ou destruição da vegetação nativa;

3) descrição da capacidade de gestão do Comitê Guandu para conservar e recuperar a Mata Atlântica; e

4) descrição dos planos e programas já existentes para Região Hidrográfica e que se relacionam de alguma forma com a Mata Atlântica local.

O curso foi dividido em três edições que aconteceram nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro de 2022 entre 14h e 17h de forma totalmente online.

Ao longo dos cursos foram ministradas aulas que levaram os alunos a caracterizar e analisar de maneira objetiva a situação da Mata Atlântica no município. É a partir das informações do diagnóstico que será realizado o planejamento necessário para que sejam alcançados os objetivos específicos do PMMA, pré-definidos ainda na etapa 1, e que serão aprimorados a partir das informações coligidas durante o diagnóstico.e é um diagnóstico/dimensões do diagnóstico;

O processo de diagnóstico foi dividido em quatro partes: Análise da realidade existente dos remanescentes de Mata Atlântica e das áreas de vegetação nativa degradadas; Indicação de vetores de pressão potencialmente causadores de desmatamento e degradação desses remanescentes; Análise da capacidade de gestão; Planos e Programas que se relacionam de alguma forma com o PMMA.

Durante as aulas, também foi necessário localizar onde estão os remanescentes de Mata Atlântica do município e qual o estado de conservação destes. De acordo com a legislação, o diagnóstico dos remanescentes da Mata Atlântica deve envolver: Mapeamento dos remanescentes de Mata Atlântica; Descrição do seu grau de conservação ou degradação; Indicação de quais estão presentes em áreas urbanas ou rurais.

• A denominada “quinta dimensão” dos diagnósticos é a Análise dos Riscos Climáticos. Ela foi introduzida no último roteiro para elaboração e implementação dos PMMA (MMA, 2017) para que, em linhas gerais, os prováveis impactos das mudanças do clima sobre os remanescentes de Mata Atlântica e sobre os munícipes (tanto a população humana em si como as atividades antrópicas) sejam identificados.

A magnitude da mudança do clima está diretamente relacionada aos possíveis cenários futuros de desenvolvimento e comportamento por parte da sociedade, entretanto, a comunidade científica já consegue prever alguns cenários com base em modelagens (simulação de cenários futuros utilizando softwares específicos).

O evento foi aberto a membros e atores que agem na gestão de recursos hídricos na bacia. O objetivo dos PMMAs é apontar ações prioritárias e áreas para a conservação, manejo, fiscalização e recuperação da vegetação nativa e da biodiversidade da Mata Atlântica, baseando-se no mapeamento de remanescentes existentes.

O evento é aberto a membros e atores que agem na gestão de recursos hídricos na bacia. Para participar é necessário preencher o formulário de inscrição que você encontra no link a seguir: https://bit.ly/34IDNBL