É ampliando ações já desenvolvidas e projetando novas iniciativas que o Comitê Guandu-RJ espera fazer de 2023 um ano produtivo. Entre as novidades está o lançamento do Podcast “Quanto Vale a Água?”, que trará episódios gravados com membros do Colegiado e convidados,  abordando assuntos sobre a gestão, preservação e conscientização ambiental.

A expectativa é que em março, mês no qual se comemora o Dia Mundial da Água, toda a produção seja compartilhada. Um dos episódios terá como destaque o Sanear Guandu, maior programa de saneamento rural do Brasil, com a construção de 25 Estações de Tratamentos de Esgoto e cerca de 7 mil soluções individuais em áreas rurais e periurbanas da Bacia do Rio Guandu. Em 2023, o Sanear avançará a mais municípios, como é o caso de Engenheiro Paulo de Frontin.

Outro tema do Podcast é o programa Produtores de Água e Florestas (PAF), realizado pelo Comitê Guandu há 14 anos, mas que em 2023 ganha ainda mais evidência com o projeto (Re)floresta, Água e Carbono.

A iniciativa dá continuidade ao trabalho já feito com proprietários rurais, proporcionando a vertente socioambiental, o mercado do carbono e a seleção de novas áreas para recuperação florestal. Há ainda ações voltadas à pesquisa. Até o próximo dia 12 de janeiro estão abertas inscrições para o edital financiamento de bolsas a alunos de ensino superior e outros pesquisadores. Ao todo, serão R$ 114.525,00 investidos ao longo de 14 meses.

“Para 2023, a perspectiva é atuar fortemente na agenda de resíduos e de infraestrutura verde, por meio da ampliação do nosso PAF e da agenda turismo agroecológico, engajados na descarbonização para nossa região. Além da ampliação do Sanear Guandu”, destacou a diretora-geral do Comitê e engenheira ambiental especialista em recursos hídricos da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (CEDAE), Mayná Coutinho.

A diretora-geral Mayná Coutinho discursa durante o ECOB 2022, realizado em novembro.

Em consonância com o Manual Operativo (MOP), o Colegiado prevê para 2023, outros editais de fomento a pesquisas, com recursos votados para as universidades.

Atividades de sucesso que aconteceram em 2022 estarão de volta, como o projeto “Amigos do Guandu” e a campanha “Fiscal das Queimadas”.

Voltado aos alunos da Educação Infantil e anos inicias do Fundamental, o “Amigos do Guandu” levou, junto com parceiros, educação ambiental a duas escolas da Região Hidrográfica II (RH II), com uma série de atividades, como a confecção de cartas escritas pelos estudantes e histórias que vão virar um livro em 2023. Também neste ano, o projeto ganhará uma nova forma ainda mais abrangente, mobilizando outros parceiros.

A mesma linha de ampliação seguirá a campanha “Fiscal de Queimadas”, criada em 2002 com o objetivo de conscientizar a população a respeito dos riscos da prática de queimadas, principalmente no período de maior propensão a ocorrer incêndios, em função dos meses de seca e as festas juninas e julinas. A proposta é envolver cada vez mais as iniciativas pública e privada.

O ano de 2023 também será marcado pela conclusão do “Cine Guandu”, concurso ambiental e cultural voltado a estudantes dos ensinos médio e/ou técnico, além de superior de instituições públicas e privadas. Até o próximo dia 13 de janeiro, eles podem fazer, gratuitamente, as inscrições de vídeos com temas específicos relacionados à importância da preservação e qualidade dos recursos hídricos, destacando também o trabalho do Comitê.

Os vídeos ganhadores serão escolhidos por meio de votação popular e os autores serão premiados, mas a proposta do Comitê é muito maior. A intenção é levar estes vídeos para eventos que o Colegiado participar em 2023 e realizar um festival para a exibição dos vídeos.

Observatório e integração dos municípios

Para o ano que se inicia, o Colegiado tem outro grande desafio à frente para a implementação do projeto “Observatório de Bacias”, uma rede que vai permitir o monitoramento qualiquantitativo da água da RH II. O Comitê estuda as formas possíveis de execução, arranjos financeiros, operacionais e institucionais. A rede custará cerca de quinze milhões de reais. A partir das informações obtidas, será possível detectar a poluição e realizar ações sinérgicas com faculdades e centros de pesquisas.

As elaborações dos Planos Municipais de Mata Atlântica (PMMA) e dos Programas Municipais de Educação Ambiental (ProMEAs) também ganham novas etapas em 2023. O objetivo é ter um diagnóstico individual de cada município e também construir o Plano Diretor Florestal para a Bacia do Guandu e o Plano de Educação Ambiental da Região Hidrográfica II. Dentro do cronograma para 2023 está outra etapa que é o planejamento do Plano Diretor Florestal.

“Ainda temos muitos caminhos a percorrer e avanços a conquistar. Nosso maior desafio é a água limpa e abundante para todos. Essa é a nossa força motriz e é fundamental exaltar a contribuição, o empenho e a bravura dos membros do nosso Comitê Guandu. Nossa bandeira azul é o compromisso com a qualidade de vida da nossa população através da nossa água. Convidamos a todos a levantar essa bandeira com a gente”, finalizou Mayná.